Portugal é um paraíso para caminhantes, com paisagens diversas e terrenos variados que encantam quase toda a gente. Desde os picos da Serra da Estrela, às florestas do Parque Nacional Peneda Gerês, passando também pelas paisagens da costa alentejana e Algarvia.
Em Portugal podemos encontrar trilhos para todo o tipo de caminhantes, desde os mais fáceis e acessíveis a todos, até aos mais longos, técnicos e muito difíceis. Neste guia dos melhores trilhos de Portugal vamos incluir apenas percursos de um só dia, ou seja pequenas rotas ou etapas de percursos de longa rota.
Vamos também excluir todos os trilhos que são passadiços. Não que tenhamos alguma coisa contra os mesmos, mas porque temos um artigo em que exploramos os melhores passadiços de Portugal. Alguns dos melhores passadiços tinham com certeza lugar nesta lista dos melhores trilhos.
Em Portugal os trilhos são uma oportunidade para conhecer vistas deslumbrantes, maravilhas naturais, monumentos históricos e sobretudo experienciar a beleza da natureza. Esta lista dos melhores trilhos de Portugal vai a todas as regiões do país, e apresenta percursos com níveis de dificuldade muito diferentes.
Melhores trilhos de Portugal – Norte
PR6 TBR – Trilho dos Miradouros, Terras do Bouro
- Distância: 12 km;
- Tipo: circular;
- Tempo: cerca de 5 horas;
- Esforço físico: Moderado;
- Dificuldade técnica: Fácil;
- Aconselhado a: Pessoas habituadas a caminhadas, ou em boa forma física.
- Pontos de interesse: Os vários Miradouros do Parque Nacional.
- Se quiser caminhar este trilho, pode ver toda a informação necessário neste artigo.
O trilho dos miradouros é um dos mais espetaculares do Parque Nacional Peneda-Gerês, e consequentemente do país.
Com mais de 12 km, e 800 metros de desnível acumulado, é um trilho bastante duro. No entanto quase toda a dificuldade apresenta-se no seu início, pelo que após os primeiros 3 ou 4 km iniciais é bastante mais fácil e agradável. De qualquer forma, precisa de ter alguma resistência para fazer este percurso.
Ao contrário de muitos outros trilhos no Parque Nacional, este não tem poços onde nadar, cascatas, outros lagos. Nem sequer nos apresenta matas especialmente bonitas. Mas, por outro lado, leva-nos por lugares com vistas espetacular e a vários dos melhores miradouros do Gerês.
Apesar do seu inicio ser em plena Vila do Gerês, não é um trilho muito concorrido, e quando fizemos não vimos praticamente ninguém, o que é um bónus para quem procura momentos de solitude na natureza.
PR9 MTR – Trilho dos Poços Verdes do Sobroso, Montalegre
- Distância: 10 km;
- Tempo: Cerca de 4 horas;
- Tipo: Circular
- Esforço físico: Moderada;
- Dificuldade técnica: Fácil;
- Aconselhado: Pessoas habituadas a caminhadas, ou em boa forma física.
- Pontos de interesse: Poços Verdes, Cascatas da Vila Nova, Cubo Vertical, Fojo do Lobo.
- Se quiser fazer este trilho, pode ver toda a informação necessário neste artigo.
Também conhecido como o trilho das Sete Lagoas do Xertelo, o trilho dos Poços Verdes do Sobroso é um dos mais conhecidos e concorridos trilhos do Parque Nacional da Peneda Gerês.
A razão é simples, e óbvia, os Poços Verdes são brutais, e um dos melhores lugares do Gerês para apanhar sol e mergulhar em águas gélidas mas maravilhosas.
Apesar dos poços verdes serem a principal atração, este trilho mostra-nos muitas outras atrações da região como Fojo do Lobo do Xertelo, o cubo vertical e as Cascatas da Vila Nova.
Os cerca de 10 km do percurso circular que sugerimos são quase todos ondulantes, mas sem grandes inclinações. A excepção é a subida final que é bastante dura.
Este é um dos melhores trilhos para explorar o PNPG mais profundo, sem correr grandes riscos. Está tudo bem indicado, não é tecnicamente difícil e há normalmente bastante gente ao longo do mesmo. Por isso é adequado a quase toda a gente, desde que estejam habituados a caminhadas.
PR5 MTR – Trilho da Ponte da Misarela, Montalegre
- Distância: 12 km;
- Tempo: 4 horas;
- Tipo: Circular;
- Esforço físico: Moderado;
- Dificuldade técnica: Sinalização complica um pouco a navegação, de resto é fácil;
- Aconselhado: Caminhantes ocasionais ou experientes;
- Pontos de interesse: Ponte da Misarela, Cascata de Misarela, vistas para a serra do Gerês, antiga estrada romana;
- Se quiser fazer este trilho, pode ver toda a informação necessário neste artigo.
Apesar de nunca entrar na área protegida do Parque Nacional da Peneda-Gerês, os cerca de 12 km deste trilho andam praticamente sempre junto à “fronteira” do Parque Nacional.
O trilho relativamente longo, mas vale bem a pena o esforço pois permite-nos visitar as mística ponte da Misarela e as cascatas com o mesmo nome. Além de nos levar pela antiga estrada romana e permitir vistas desafogadas para a serra do Gerês.
Além de longo, o trilho da ponte da Misarela é também relativamente duro e apresenta algumas dificuldades técnicas pois não está muito bem sinalizado. Por isso aconselhamos o uso de GPS.
Apesar de considerarmos um dos melhores trilhos de Portugal, o ponto alto desta pequena rota é mesmo a ponte e a sua envolvência. Assim se apenas lhe interessar esta zona não precisa de fazer todo o PR5-MTR, mas apenas o primeiro km.
Veja aqui caso apenas queira ir até à ponte da Misarela, ou aqui para fazer todo o trilho.
PR3 – MDB – Trilho das Fisgas do Ermelo, Mondim de Basto
- Distância: 12.5 km;
- Tipo: circular;
- Tempo: cerca de 5 horas;
- Esforço físico: Moderado;
- Dificuldade técnica: Fácil;
- Aconselhado a: Pessoas habituadas a caminhadas, ou em boa forma física.
- Pontos de interesse: Cascatas das fisgas do Ermelo, aldeia do Ermelo
- Pode ver aqui o nosso artigo sobre o trilho das Fisgas do Ermelo
O trilho das fisgas do Ermelo começa e termina na aldeia do Ermelo, percorrendo um pouco mais de 12 km ao longo de um percurso circular que nos leva por diversas zonas belíssimas do Parque Natural do Alvão e do vale do rio Olo.
O ponto alto desta pequena rota é sem dúvida a queda de água das fisgas do Ermelo, umas das mais impressionantes cascatas de Portugal. No entanto se visitar no verão, as Piocas de Cima (lagoas naturais) são também um ponto de paragem obrigatória.
O percurso deste trilho é bem difícil em termos físicos, pois além da distancia longa, obriga também a um acumulado acima de 600 metros. Assim este é um trilho para caminhantes habituais, se não estiver habituado a fazer caminhadas, vai custar um pouco.
Trilhos Portugal – Centro
PR3 IDN – Rota dos Fósseis, Idanha-a-Nova
- Distância: 3 km;
- Tipo: circular;
- Tempo: cerca de 1h30;
- Esforço físico: fácil, apesar de ter uma subida dura;
- Dificuldade técnica: Fácil;
- Aconselhado a: qualquer pessoa sem problemas de mobilidade.
- Pontos de interesse: Castelo de Penha Garcia, icnofósseis, praia fluvial, cascata
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
O PR3 IDN – Rota dos Fósseis é o trilho mais fácil (e o segundo mais curto) da nossa lista dos melhores trilhos de Portugal, e por isso é também um dos mais fáceis e mais acessíveis a todos. Mas não se deixem enganar pela reduzida distância, é também um dos trilhos com mais pontos de interesse.
Em apenas três km passamos por fósseis de animais pré-históricos, uma praia fluvial, uma cascata, um castelo medieval, atravessamos uma das mais bonitas aldeias de Portugal, uma barragem, e ainda vemos Monsanto ao longe…
Se conhecerem outro trilho com tantos pontos de interesse concentrados em tão pouco espaço por favor avisem-nos. Gostávamos mesmo ir conhecê-lo…
Este é um trilho circular relativamente fácil e até bastante urbano. Apesar de ter algumas subidas e solo irregular, é curto e por isso acessível a qualquer pessoa com mínimo de resistência e sem problemas de mobilidade. As subidas até são durinhas, mas são tão curtas que não devem causar problemas.
PR14 Arouca – Drave – A Aldeia Mágica
- Distância: 8 km (ida e volta);
- Tipo: linear de ida e volta;
- Tempo: cerca de 3 horas, mais o tempo que decidir passar em Drave;
- Esforço físico: moderada pelo sol e algumas subidas longas;
- Dificuldade técnica: Fácil;
- Aconselhado a: qualquer pessoa habituada a fazer caminhadas;
- Pontos de interesse: Drave, a aldeia mágica; Cascatas e lagoas da Ribeira de Palhais, Regoufe;
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
O PR14 Arouca Geoparque é um trilho mesmo ao nosso gosto, montanhoso mas não muito longo, com vistas agradáveis e um objetivo final absolutamente maravilhoso – Drave, a Aldeia Mágica.
Drave é uma aldeia que apesar de ter sido completamente abandonada, o último habitante permanente saiu em 2000, mas que ainda está bastante bem conservada. Tem muitas ruínas mas também tem casas que estão bem conservadas.
Além do objetivo final de chegar à aldeia mágica, passamos também por cascatas e lagos onde se pode nadar no verão e por paisagens de montanha lindíssimas. Não é por acaso que se chama àquela região as montanhas mágicas.
Os cerca de 4 km fazem-se em cerca de 1h30, já com algumas paragens para descansar e tirar fotos. É um percurso ondulante, com longas subidas e descidas que para o fim começam a moer. Mas qualquer pessoa habituada a caminhar faz bem.
PR5 MIR – Rota das Dunas, Mira
- Distância: 17.5 km, mas o PR5.1 é bem mais curto;
- Tipo: circular;
- Tempo: cerca de 5 horas, mais o tempo que decidir passar na praia;
- Esforço físico: moderado a elevado pelo sol e caminhada na areia;
- Dificuldade técnica: Moderado;
- Aconselhado a: pessoas habituadas a fazer caminhadas longas;
- Pontos de interesse: Lota de pesca, Praia de Poço da Cruz, Dunas, Gândaras, Cais do Areão
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
Este é um trilho de costa, o primeiro de vários nesta lista dos melhores trilhos de Portugal, mas o único deste tipo na zona norte e centro.
Oficialmente o trilho tem quase 18 km (dá para cortar algumas parte se quiser) e por isso é bastante longo. E se por um lado é completamente plano o que facilita bastante, por outro tem longos períodos (uns 5 a 6 km) sem sombra e na areia, o que complica bastante.
Apesar de ser um trilho circular, este forma praticamente um 8, ou dois círculos ligados, pelo que é bastante fácil fazer só uma parte, nomeadamente o circulo entre Praia de Mira e Poço da Cruz.
Neste percurso vamos caminhar ao longo das praias de Mira, ver as belíssimas duas, e depois seguir pelas gândaras até Poço da Cruz. Depois a volta é feita pelo não menos bonito pinhal da região de Mira. Se estiver a pensar viajar a Mira, veja aqui o que fazer e visitar em Mira.
PR2 Lamego – Trilho do Vinho do Porto
- Distância: cerca de 8 km;
- Tipo: circular;
- Tempo: 3h30 a 4 horas;
- Esforço físico: moderado a elevado pelo sol e caminhada na areia;
- Dificuldade técnica: fácil;
- Aconselhado a: pessoas habituadas a fazer caminhadas duras;
- Pontos de interesse: rio douro, vinhas e terraços do Douro, Six Senses Douro Valley
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
O vale do Douro é uma das regiões mais bonitas de Portugal e como tão não podia deixar de estar representado nos melhores trilhos portugueses.
Com cerca de 8 km não é um trilho especialmente longo, mas é praticamente sempre a subir ou descer. E por vezes as inclinações são bem fortes e ao sol, tornando esta caminhada bem mais dura do que se poderia esperar.
Com inicio e fim em Samodães, Lamego, este é um percurso circular que nos leva desde o Miradouro de Samodães até ao rio douro e ao Six Senses. Pelo meio visitamos uma das áreas mais bonitas do Douro vinhateiro.
Qualquer forma é boa para apreciar os esplendorosos socalcos do vale do Douro mas caminhar ao longo das vinhas enquanto se vê o Douro a serpentear pelo vale é uma das nossas favoritas.
PR1 – MTG – Trilho do Poço do Inferno, Serra da Estrela
- Distância: 2.5 km;
- Tipo: circular;
- Tempo: 1h30 a 2 horas;
- Esforço físico: moderado;
- Dificuldade técnica: moderada;
- Aconselhado a: pessoas habituadas a fazer caminhadas duras;
- Pontos de interesse: Cascata do Poço do Inferno, Vale Glaciar
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
O trilho do Poço do Inferno (PR1- MTG) é um dos mais popular das serra da Estrela. além de nos levar a uma das mais bonitas cascatas de Portugal, permite-nos também apreciar o Vale do Zêzere e a Ribeira de Leandres.
Uma das vantagens deste trilho é ter apenas 2.5 km circulares, e por isso ser muito curto e não muito difícil. Mas não se deixe enganar, estamos em território da serra e aqui não caminhadas fáceis. Este é um trilho de dificuldade física e técnica moderada.
O Poço do Inferno é o ponto alto do percurso e um dos ex-libris da Serra da Estrela, mas há mais para se ver. Ao longo do trilho passamos por matas folhosas e resinosas, paisagens íngremes, atravessamos a ribeira de Leandres e podemos ver os socalcos da Serra.
Portugal melhores trilhos – Sul
Etapa 2 do rota dos Pescadores – Porto Covo a Vila Nova de Mil Fontes
- Distância: 20 km só ida – pode-se fazer em ambas as direções;
- Tipo: linear
- Tempo: 7 horas, já contando com várias paragens para comer, incluindo almoço;
- Esforço físico: Difícil pela distância e pelo sol.
- Dificuldade técnica: fácil;
- Aconselhado a: Pessoas habituadas a caminhadas longas;
- Pontos de interesse: Porto Covo, Praia da Ilha do Pessegueiro, Praia do Malhão, VN de Mil Fontes
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
O trilho dos pescadores é um conjunto de percursos pedestres que vão desde São Torpes a Lagos, num total de quase 230 km, em 14 etapas. Uma das grandes vantagens do trilho dos pescadores é que se pode fazer parcialmente, e apenas as etapas que quiseres.
A segunda etapa do trilho dos pescadores oferece-nos paisagens fabulosas, com cenários incríveis e uma diversidade notável. A natureza mostra todo o seu esplendor entre Março e Junho, quando nos dá uma diversidade de cores cheiros e formas espantosa.
Além do mais, tanto Milfontes como Porto Covo são vilas muito bonitas e atrações turísticas por si mesmo. O percurso desta segunda etapa segue sempre ao longo da costa através de praias, cordões de dunas e arribas. Os pontos altos são a praia e a ilha do Pessegueiro, bem como a praia do Malhão. Na nossa opinião ambas das melhores praias do Alentejo.
Veja aqui toda a informação sobre a etapa 2 do trilho dos pescadores, incluindo onde ficar, onde comer e o que esperar da caminhada.
Etapa 5 do trilho dos Pescadores – Zambujeira do Mar a Odeceixe
- Distância: 18.5 km só ida – pode-se fazer em ambas as direções;
- Tipo: linear;
- Tempo: 7 horas, já contando com várias paragens para comer, incluindo almoço;
- Esforço físico: Difícil pelo sol, distância e areia;
- Dificuldade técnica: fácil;
- Aconselhado a: só para pessoas em boa forma física ou habituadas a caminhar longas distâncias;
- Pontos de interesse: Zambujeira do Mar, Praia do Carvalhal, Praia da Amália, Azenha do Mar, Ponta em Branco, Praia de Odeceixe;
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
A quinta etapa do trilho dos pescadores é talvez a mais bonita que conhecemos da rota vicentina. Ao longo de quase 19 km seguimos através de arribas e dunas cobertas de vegetação até chegarmos a várias praias incríveis, como a Praia do Carvalhal, a Praia da Amália e no final a Praia de Odeceixe.
Pelo meio passamos pelo porto de pesca natural de Azenha do Mar, e pela majestosa ponta em Branca, uma das mais impressionantes vistas em toda a região. Para quem só pode fazer um dia na rota vicentina, esta é a etapa que sugerimos.
É uma etapa dura e longa, mas vale bem a pena. O percurso tem várias descidas e subidas inclinadas como podem ver no gráfico de altimetria. Algumas destas descidas são ligeiramente técnicas, mas não precisa de se preocupar pois não é nada de outro mundo complicado.
Tem também alguns km em areia. Ao contrário da etapa 2 e 3 nunca são secções muito longas, mas no final pesa bastante. Felizmente este trilho passa constantemente por zonas absolutamente deslumbrantes, o que nos distrai e facilita muito o esforço.
LGA PR1 – Sete Vales Suspensos, Lagoa
- Distância: 5.7 km só ida (dobro ida e volta);
- Tipo: linear, com vários pontos para inicio/fim;
- Tempo: 3h (5 horas ida e volta), pode ser bastante mais se parar em alguns dos muitos pontos de interesse
- Esforço físico: fácil a moderado pelo sol e distância se fizer ida e volta;
- Dificuldade técnica: fácil;
- Aconselhado a: qualquer pessoa com boa mobilidade;
- Pontos de interesse: Praia da Marinha, Praia e Algar de Benagil, Cabo Carvoeiro, Leixão do Ladrão, Vales suspensos
- Pode ver aqui o nosso artigo com a informação completa sobre este trilho.
Este é o único trilho do Algarve que está nesta lista, mas é sem dúvida um dos trilhos mais bonitos de Portugal. Tem tudo, desde atrações famosas, algumas das melhores praias de Portugal, e até uns barzinhos e restaurantes para retemperar as energias.
O trilho dos sete vales suspensos é linear e relativamente curto mas está completamente cheio de atrações. A cada momento vejo mais um recorte fabuloso da costa algarvia, mais uma praia, mais um monumento natural.
Este percurso leva-nos desde a Praia da Marinha à Praia de Centeanes, sempre ao longo da costa, numa linha continua de arribas, vales suspensos, formações rochosas e praias.
Além de passar por algumas das melhores praias do Algarve, o trilho tem como ponto alto Algar de Benagil, uma das mais famosas maravilhas naturais de Portugal. O percurso passa mesmo ao lado da parte superior do Algar, e depois passamos também pela praia de Benagil onde se pode alugar SUP/Kayak para lá ir.
Melhores trilhos de Portugal – Madeira
PR6 Madeira – Levada das 25 fontes + levada do risco
- Distância: 11 km;
- Tipo: circular;
- Tempo: 4 horas
- Esforço físico: fácil a moderado pela distância;
- Dificuldade técnica: fácil;
- Aconselhado a: qualquer pessoa que esteja habituada a caminhar;
- Pontos de interesse: Cascata das 25 fontes, cascata do risco, floresta laurissilva e túnel de acesso.
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
A levada das 25 fontes é provavelmente a mais conhecida e a mais popular da Madeira. É uma caminhada praticamente plana que nos leva pela floresta Laurissilva a dentro, até chegar a uma das mais bonitas cascatas da Madeira.
A levada do Risco está praticamente no mesmo lugar da floresta mas a uma cota de altitude um pouco mais alta e vai ter à não menos conhecida cascata do Risco.
Assim, numa relativamente curta caminhada podemos conhecer duas das melhores cascatas da Madeira, explorar uma das partes da laurissilva que é património da UNESCO e claro, caminhar pelas incríveis levadas da Madeira.
A levada das 25 fontes normalmente inicia-se na casa do Rabaçal e termina na cascata das 25 fontes. Tem cerca de 11 km (4.6km de ida + 4.6km de volta e cerca de 2 km para irmos à cascata do risco) e faz-se em cerca de 4 horas.
A Levada do Risco parte do mesmo sítio e vai até à cascata do Risco. É também plana e é muitas vezes quase paralela à levada das 25 fontes.
Assim, existem diversas ligações entre ambas as levadas e entre ambos os PR 6 e 6.1. Se o fizer, tornamos dois percursos lineares num circular, e temos o melhor de dois mundos.
Alternativamente à casa do Rabaçal é possível iniciar o percurso no parque de estacionamento da estrada ER221, que liga Calheta à ER105. Tem a vantagem de ser um percurso praticamente plano, com exceção da ligação entre as levadas e ainda de podermos atravessar um dos muitos túneis que as levadas da madeira atravessam.
Pode ver toda a informação sobre este percurso aqui.
PR8 – Madeira – Vereda da Ponta de São Lourenço
- Distância: 6 km, ida e volta;
- Tipo: linear, com ida e volta;
- Tempo: 3 horas
- Esforço físico: fácil a moderado;
- Dificuldade técnica: fácil, mas atenção a quem tenha vertigens;
- Aconselhado a: qualquer pessoa que esteja habituada a caminhar;
- Pontos de interesse: Beleza natural de toda a região da ponta de São Lourenço.
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
A vereda da Ponta de São Lourenço (PR8) é o trilho costeiro mais conhecido da Madeira mas é uma caminhada completamente diferente das outras da ilha.
Aqui paisagens completamente diferentes ao que estamos habituados no interior da ilha, e também por isso é uma das melhores caminhadas em Portugal.
Ao contrário das zonas interiores da floresta laurissilva, na ponta de São Lourenço praticamente não há árvores. O vento e a terra não o permitem, mas a paisagem não é menos espetacular.
Por vezes faz lembrar as paisagens do trilho dos pescadores, mas numa escala completamente diferente pois as ravinas e formações rochosas são muito maiores.
Esta é um trilho linear relativamente curto e não tem longas zonas muito inclinadas. No entanto, nos quase 6 km de caminhada (3 km de ida + 3 km de volta) estamos constantemente a subir ou a descer, o que acaba por ser um pouco mais duro do que a altimetria e a distancia indiciavam.
Seja como for, é um percurso acessível a todos, desde que tenham mobilidade nem acrofobia ou vertigens.
PR1 – Madeira – Vereda do Pico do Areeiro para Pico Ruivo
- Distância: 7 km, ida e volta;
- Tipo: linear;
- Tempo: 3 horas
- Esforço físico: Moderado a difícil, devido às constantes subidas e descidas;
- Dificuldade técnica: fácil, mas atenção a quem tenha vertigens;
- Aconselhado a: pessoas habituadas esforços físicos elevados ou caminhadas de montanha;
- Pontos de interesse: Beleza natural de toda a região e especialmente os picos da Madeira;
- Pode ver a informação completa sobre este trilho aqui.
A Vereda do Areeiro é talvez o trilho mais instagramável do Madeira, ou mesmo de Portugal. Liga três picos icónicos da Madeira. Começa no Pico do Areeiro e termina no Pico Ruivo, passando pelo Pico das Torres.
Com cerca de 7 km, é um trilho linear de dificuldade média a elevada. Se fizer ida e volta então é mesmo bastante duro. Caso não queira fazer a volta, pode sempre seguir até Achada da Teixeira e voltar de taxi.
Este trajeto é realmente fabuloso. Começa no Miradouro do Pico de Areeiro (que por si só já valia o esforço), passa por túneis escavadas nos tufos vulcânicos, pela icónica escadaria íngreme escavada na rocha do Pico das Torres, e claro o acesso final à Casa do Abrigo do Pico Ruivo.
De lá de cima do Pico Ruivo, num bom dia consegue-se ver tudo! Curral das Freiras, Porto Santo, Desertas, Ponta de São Lourenço… É um trilho a não perder na Madeira e em Portugal.
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