Passadiços do Pindelo: Trilhos, Cascatas e Natureza em Oliveira de Azeméis

Os Passadiços do Pindelo em Oliveira de Azeméis foram uma excelente surpresa, pois são um percurso com muita água, sombra e até cascatas! Nem todo o percurso é em passadiços, mas valem a pena para quem gosta deste tipo de caminhada.

Estes passadiços são oficialmente dois trilhos, PR7 OAZ e PR8 OAZ. Ambos começam no mesmo ponto, e cada um sai em direções opostas. Abaixo vamos explicar em detalhe cada um deles e se vale a pena fazer ambos.

Apesar de ainda não serem muito conhecidos, achamos que rapidamente vão passar a estar na moda, pois é um daqueles percursos que valem mesmo a pena. Tanto que os vamos incluir na nossa lista de passadiços favoritos em Portugal.

Os passadiços têm algumas escadas e zonas com declive elevado, mas não são propriamente difíceis e qualquer pessoa os pode fazer.

Passadiços do Pindelo – Informação geral

  • Nome: Passadiços do Pindelo (por vezes também chamados de Passadiços do Outeiro, ou da Cascata de Outeiro)
  • Início: Junto à ponte de Pinhão sobre rio Antuã em Pindelo, 40º52’06.4’’N 8º26’26.3’’W
  • Distância: 6 km no total. 4.4 km na Rota da Pedra Má (PR8) e 1.6 km da rota da Ponte Samuel (PR7)
  • Tempo necessário: entre 2h30 a 3 horas para ambos os percursos
  • Dificuldade: fácil a moderada
  • Máx/min altitude: metros
  • Ganho de altitude: metros
  • Tipo – Ida e volta (ambos)
  • Sinalização (1-5) – 5, tem apenas um ou outro local onde não se veem as marcações.
  • Destaques: Vários Moinhos, Levada das Poias, Cascata do Outeiro, Pedra Má.
  • Pode fazer download do panfleto oficial aqui
Uma placa de madeira intitulada
Placa informativa dos passadiços de Pindelo que se encontra no início do trilho

Rota da Pedra Má e Rota da Ponte Samuel

Os Passadiços de Pindelo são formados por dois trilhos de Pequena Rota:

  • O PR7 – Rota da Ponte Samuel com 800 metros, 1,6 km de ida e volta, que se faz em meia hora.
  • O PR8 – Rota da Pedra Má com 2,2 km, 4,4 km de ida e volta, que se faz em menos de 2 horas.

Estes dois percursos começam no mesmo sítio, a ponte de pinhão. O PR7 segue ao longo da estrada e depois para jusante do Rio Antuã em direção à Ponte Samuel, enquanto que o PR8 segue para montante em direção à Pedra Má.

Temos de notar que o PR8 é muito mais interessante e bonito que o PR7 e que apenas existem passadiços no PR8. Assim, devemos pensar na Rota da Ponte Samuel, como um extra, caso tenha tempo e queira conhecer a ponte antiga e histórica, Ponte Samuel.

Placa de madeira indicando as direções da caminhada: 0,8 km até a Ponte Samüel (PR 7 OAZ) à esquerda e 2,2 km até a Pedra Má (PR 8 OAZ) nos passadiços do pindelo, com árvores, uma casa e um caminho de terra ao fundo.
Início dos passadiços do trilho numa direção temos a Pedra Má e noutra a Ponte Samuel

Nossa experiência nos Passadiços do Pindelo

O início das duas rotas dos Passadiços do Pindelo está marcado por um painel informativo com indicações sobre os percursos e os respetivos destaques. Há alguns lugares de estacionamento, mas não muitos. Vamos abaixo explicar ambos os percursos.

PR8 – Rota da Ferida Má

A Rota da Ferida Má de Oliveira de Azeméis é a mais longa e mais interessante das duas, e por isso a que aconselhamos a fazer primeiro. Inicia-se descendo por um caminho de terra para a margem do Rio Antuã e a partir daí caminhando nessa margem em direção aos primeiros passadiços e ao miradouro.

A primeira zona de passadiços dura algumas centenas de metros e segue sempre paralela ao rio. Este é um percurso que oscila entre caminhos florestais bem tratados e fáceis de seguir e zonas de passadiços.

Uma passarela de madeira, conhecida como passadiços do pindelo, serpenteia por uma floresta exuberante ao lado de uma pequena cachoeira e um riacho. A folhagem verde circunda o caminho, onde uma pessoa se inclina sobre a grade.
Passadiços ao longo do rio Antuã

Depois de algumas centenas de metros em passadiços ao longo do rio na parte inicial, o caminho segue caminhos já existentes com subidas e descidas muito acentuadas, mas felizmente também muito curtas, até eventualmente se chegar novamente à margem do rio.

Chegados novamente ao rio Antuã, temos a nascente da levada dos poios e diversos açudes e pequenas cascatas artificiais. Continuamos a subir pelas margens do rio Antuã até à bonita cascata do Outeiro. Não conhecíamos esta cascata, e é bastante maior e mais bonita do que esperávamos.

Uma passarela de madeira, parte dos Passadiços do Pindelo, atravessa um riacho rochoso cercado por árvores e vegetação. Várias pessoas ficam ao longo da passarela, apreciando a paisagem com uma pequena cachoeira visível ao fundo.
Cascata do Outeiro no trilho PR8 – Rota da Ferida Má

No topo da cascata vamos atravessar o rio numa ponte de madeira e continuar por caminhos florestais, atravessando até a autoestrada por baixo. A altura dos viadutos é impressionante.

Continuando nos caminhos florestais, chegamos ao nosso destino, a Pedra Má, um grande penedo que tem sido usado para escalada. Lá temos também uma cascata, mais pequena que a anterior, e uma pequenina ponte onde se pode atravessar para o outro lado e ver outra levada.

Depois de explorar o destino final, temos de voltar para trás para o início, seguindo exatamente o mesmo percurso.

Uma passarela de madeira, conhecida como Passadiços do Pindelo, curva-se ao redor de um penhasco rochoso em uma floresta verde e exuberante. Várias pessoas passeiam pelo caminho, atravessando uma pequena passarela sobre um riacho abaixo.
Pedra Má, um penedo grande, destino final da Rota da Ferida Má

PR7 – Rota da Ponte Samuel

A Rota da Ponte Samuel é bem mais curta e simples que a anterior. Começa exactamente no mesmo local, mas ao invés de descer para a margem do rio, atravessamos a ponte de Pinhão e continuamos na estrada durante umas dezenas de metros.

Na primeira oportunidade vire à esquerda numa estrada asfaltada e continue sempre. Eventualmente vai ver nova saída à esquerda, mas desta vez para um caminho florestal em terra. Temos de notar que a primeira saída à esquerda não está indicada, mas a saída para o caminho de terra está, e a partir daí está tudo bem assinalado.

No caminho de terra seguimos sempre em frente durante algumas centenas de metros até termos uma saída à direita para baixo, aí viramos à direita e continuamos a descer até chegar à ponte e ao açude de Samuel.

Estes são os únicos pontos de interesse do trilho. A ponte é bonita e parece muito antiga. Infelizmente não conseguimos entrar com informação sobre a sua antiguidade ou origem. A partir da Ponte de Samuel temos de voltar para trás, exatamente pelo mesmo caminho até ao local de partida.

Este não é um percurso particularmente cativante nem bonito, mas que se faz facilmente e acaba por ter um destino final curioso e interessante. Se tiver energia e curiosidade, vale a pena, mas se quiser sobretudo ver os passadiços e cascatas, talvez seja melhor fazer apenas a Rota da Ferida Má.

Uma passarela de madeira, parte dos Passadiços do Pindelo, corre ao lado de um muro de pedra acima de um pequeno riacho em uma área de floresta. Duas pessoas caminham pela trilha, cercadas por árvores e vegetação exuberantes, com uma placa visível à frente.
Ponte de Samuel no fim do trilho PR 7

Melhor altura do ano para fazer os Passadiços de Pindelo

Este percurso pode ser feito durante todo o ano com relativa facilidade. Temos apenas de notar que se tiver chovido, haverá zonas que fazem imensa lama e algumas partes em pedra pode ser extremamente escorregadias.

Por outro lado, no inverno o Rio Antuã levará bastante mais água e por isso toda a paisagem (e em especial as cascatas) será mais impressionante.

Se quiser fazer o percurso no verão, saiba que grande parte do percurso é feito na sombra pelo que pode ser um excelente trilho para fazer em dias quentes e de sol intenso.

Uma pessoa caminha nos Passadiços do Pindelo, um calçadão de madeira com grades que serpenteia por uma floresta verde e exuberante sobre um riacho rochoso. O caminho se curva e sobe em meio à vegetação densa.
Passadiços do Pindelo em Oliveira de Azeméis

Quem pode fazer estes passadiços?

O percurso dos passadiços do pindelo não é particularmente difícil fisicamente nem técnico. Qualquer pessoa habituada a fazer caminhadas fará o trilho sem dificuldade. Nós fizemos com pessoas com mais de 60 anos, sem qualquer problema.

No entanto, e apesar de ter partes com passadiços não é adequado a pessoas com falta de mobilidade e agilidade, tanto pelas escadas como pelas curtas secções extremamente inclinadas.

O que levar para os Passadiços de Pindelo?

O percurso é muito acessível e não muito longo pelo que não necessita de levar nada em especial, no entanto não existem cafés nem restaurantes no início ou ao longo do percurso. Assim, aconselhamos que já leve consigo tudo o que precisar. Nomeadamente:

  • Água (1l por pessoa);
  • Snacks;
  • Calçado de caminhada confortável;
  • Roupa confortável;
  • Casaco de chuva, no Inverno;
  • Roupa de banho, óculos de sol, chapéu e protector solar no verão;
  • Câmara e telemóvel, pois existem muitas oportunidades para tirar belas fotos. Telemóvel também para ser usado como GPS.
  • Mochila pequena para levar tudo isto;

Como sempre, por favor, não faça lixo. Traga tudo o que levar consigo.

Um caminho de terra serpenteia por uma floresta densa e verde ao longo dos Passadiços do Pindelo. Árvores frondosas e vegetação exuberante cercam um marcador de trilha de madeira com listras amarelas e vermelhas à esquerda, enquanto folhas secas cobrem o chão.
Parte do percurso do trilho PR8 Ferida Má – trilho cercado por florestas e levadas

Como chegar aos Passadiços de Pindelo?

O início do percurso fica junto à ponte de Pinhão sobre o rio Antuã. Não existem muitos lugares para estacionar, mas quando fomos eram suficientes.

Chegar ao início do trilho não é muito complicado. De facto, o trilho fica a apenas alguns km da estrada N1, pelo que o acesso é relativamente simples. Se vier do Porto, pode também vir pela autoestrado A32, e sair na saída 2 para a N227. Do Porto, pela autoestrada são apenas cerca de 40 minutos.

📍Localização no Google Maps: Clique aqui.

Onde ficar quando fizer Passadiços de Pindelo?

Este é um trilho para meio-dia pelo que só precisa de ficar a dormir perto do percurso se quiser. É perfeitamente possível ir e voltar a partir do Porto, Aveiro, ou até Coimbra etc.

Uma ponte de pedra coberta de hera e vegetação atravessa uma pequena ravina perto dos passadiços do pindelo, cercada por vegetação densa. As casas estão à direita, enquanto um céu nublado se aproxima.
Ponte que se encontra no início dos passadiços do Pindelo em Oliveira de Azeméis

Guarde para mais tarde se lembrar!

Como fazer os passadiços do Pindelo Portugal
Passadiços do Pindelo em Oliveira de Azemeis

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