O PR3 IDN – Rota dos Fósseis é um dos trilhos com mais pontos de interesse que já percorremos. Em 3 km somos apresentados a fósseis de animais pré-históricos, uma praia fluvial, uma cascata, um castelo medieval, atravessamos uma das mais bonitas aldeias de Portugal, uma barragem, e Monsanto ao longe… Se descobrirem um outro trilho com tantos pontos de interesse em tão pouca distância por favor avisem-nos. Queremos mesmo conhecê-lo…
Enquanto isso não acontecer vamos apresentar-vos a rota dos fósseis, um dos melhores e mais acessíveis trilhos de pequena rota em Portugal, a rota dos fósseis – PR3 Idanha-a-Nova.
Com cerca de 3 km, este é um trilho circular relativamente fácil e bastante urbano. Apesar de ter partes em que se sobe bastante, e outras em caminhos com solo irregular, é bem curto e por isso acessível a qualquer pessoa com mínimo de resistência e sem problemas de mobilidade. As subidas até são durinhas, mas são tão curtas que não devem causar problemas.

Trilho Rota dos fósseis – informação geral
- Nome: Rota dos fósseis – PR3 IDN
- Inicio: Largo do Chão da igreja
- Fim: Largo do Chão da igreja
- Distância: 3km
- Tempo necessário – 1h30
- Dificuldade – relativamente fácil
- Máx/min altitude: 580/475 metros
- Ganho de altitude: N/D, mas não é muito acentuado
- Tipo – circular
- Sinalização (1-5) – 5, boa sinalização, provavelmente nem precisa de ligar o GPS
- Destaques: Castelo de Penha Garcia, icnofósseis, praia fluvial
- Pode fazer download do panfleto aqui

Nossa experiência na rota dos Fósseis
A rota dos fósseis é um trilho que segue parcialmente caminhos urbanos e rurais, e por isso é um dos mais acessíveis que já fizemos. Dado que é circular, e atravessa diversos pontos de interesse, podemos começar em imensos sítios diferentes, desde do centro de Penha Garcia, ao castelo, à barragem de Penha Garcia, e até nos acessos à praia fluvial da Fonte do Pego.
O trilho está bem sinalizado pelo que em qualquer destes locais facilmente encontrará a sinalização típica (as barras amarelas e vermelhas) dos trilhos de pequena rota em Portugal. Dado que é um trilho circular marcado em ambas as direcções podemos escolher o lado que quisermos.
Oficialmente o trilho começa junto no Largo do Chão da Igreja e segue durante algumas dezenas de metros até ao castelo pelas ruas de Penha Garcia. É uma opção viável, está bem sinalizada mas não é a parte mais interessante do trilho.
Assim, neste artigo vamos começar junto ao castelo, no topo da aldeia de Penha Garcia e seguir em rotação contra os ponteiros do relógio. O castelo é um bom local de inicio, pois é um lugar fácil acesso, tem bastantes lugares para estacionar, e claro é um dos principais pontos de interesse do trilho.

Iniciando a caminhada junto ao Castelo, estamos na parte mais alta do trilho. Assim, teremos bastante que descer, mas primeiro vamos subir ao pequeno Castelo de Penha Garcia. Terá de subir as escadas, atravessar o castelo, explorar o seu interior e sair pelo outro lado. Aproveite a posição dominante do castelo para uma visão 360º excepcional. De um lado tem a barragem de Penha Garcia, do outro Monsanto ao fundo.
Saindo do Castelo, iniciamos uma longa descida pelo casario antigo de Penha Garcia, sempre por ruas de paralelos e escadas na malha da aldeia. Esta é a parte mais urbana do trilho, mas é também interessante pois Penha Garcia é uma das mais bonitas aldeias de Portugal. Eventualmente terá de virar à esquerda para o rio Ponsul, e continuará a descer até lá chegar.

Continue a seguir a sinalização e rapidamente chegará ao rio, e à praia fluvial do Pego. Esta é uma praia lindíssima e convidativa, construída com uma pequena represa e excelentemente cuidada. Com os vasos, a pedra tratada, os caminhos e ponte em xisto, esta é sem dúvida, uma das mais bonitas praias fluviais do Centro de Portugal. E a cascata que lá foi feita dá o charme final. Se quer fazer praia e ir à água, aproveite vale bem a pena mas note que a água é normalmente gelada.
Depois de usufruir deste pequeno paraíso, continuamos o nosso percurso e vamos começar a subir. A sinalização é clara, temos de seguir os caminhos rústico construídos de xisto e no xisto. Vamos subir o vale do rio Ponsul e rapidamente chegamos icnofósseis de Penha Garcia e aos Moinhos de água. Tanto uns como outros estão sinalizados. Notem que os icnofósseis estão protegido dentro de casas de xisto, e apenas poderá visita-las se estiverem abertas.

A caminhada continua pelo vale rochoso do rio Ponsul em direcção à Barragem. Se tiver sorte, irá ver alguns aventureiros a praticar escalada nas escarpas verticais do Vale. Assim que chegamos barragem, temos que a atravessar e depois virar à esquerda e começar a subida mais dura.
Apesar de durinha a subida faz-se bem, dado que o caminho não é técnico, tem alguns descansos e uma vista maravilhosa que nos obriga parar para tirar apreciar e tirar umas fotos. Já perto do final da subida temos a Gruta da Lapa onde se encontram mais uns fósseis de seres que nos mostram que há muitos milhões de anos esta região estava submersa pela mar.
No final da subida, estamos de novo junto ao Castelo de Penha Garcia e assim terminamos a caminhada. Ou então pode ir até ao largo do chão da igreja que referimos inicialmente. A rota dos fósseis é um trilho curto mas intenso – a cada curva temos um novo ponto de interesse, uma nova oportunidade de fotografia, uma nova paisagem incrível.

Melhor altura do ano para fazer o trilho
Dada a dimensão e relativa facilidade do percurso é um trilho adequado para se fazer durante todo o ano. No entanto, caso o chão esteja húmido poderá ser um pouco problemático na zona dos icnofósseis de Penha Garcia, pois o chão é em pedra (xisto) e acidentado será bastante escorregadio.
Por outro lado, a melhor altura para fazer a rota dos fosseis será no verão pois poderá tirar partido das piscina natural de Penha Garcia, uma das melhores praias fluviais de Portugal. O calor e a relativa ausência de sombras dificultará a caminhada, mas dada a pequena dimensão do trilho não deverá ser muito problemático.

Quem pode fazer o PR3 IDN – rota dos fósseis?
Neste sentido este é um trilho curioso, pois é muito curto e bastante fácil. Não é preciso grande preparação física para o fazer. Além do mais, 90% do trilho é feito em caminhos rurais e urbanos e em carreiros fáceis de seguir. No entanto, as pequenas partes um pouco mais técnicas impossibilitam completamente a possibilidade de algumas pessoas conseguirem completar o trilho.
Pessoas mobilidade reduzida, cadeiras de rodas, e carrinhos de bebé conseguem fazer uma boa parte dos caminhos pois são urbanos ou lisos, mas existem outros em que é perigoso ou completamente impossível pois têm escadas, ou solos irregulares.

O que levar?
Como já dissemos várias vezes, o trilho é curto e faz-se rápido pelo que não é necessário andar muito carregado. Estamos sempre dentro ou perto de Penha Garcia, pelo que será fácil obter alguma coisa que nos falta. Seja como for sugerimos que leve:
- Alguma água (cerca de 1l por pessoa);
- Snacks;
- Calçado de caminhada confortável;
- Roupa confortável;
- Casaco de chuva, no Inverno;
- Roupa de banho, óculos de sol, chapéu e protector solar no verão, se quiser ir a praia fluvial;
- Câmara e telemóvel, pois existem muitas oportunidades para tirar belas fotos. Telemóvel também para ser usado como GPS, embora provavelmente não precise.
- Mochila pequena para levar tudo isto;
Como sempre, por favor não faça lixo. Traga tudo o que levar consigo.

Como chegar à rota dos fósseis?
O acesso ao trilho é bastante fácil, pois a aldeia não é muito grande e facilmente encontramos o castelo, ou inÍcio oficial do trilho. Ambos estão marcados no google maps, pelo que ainda mais fácil se torna.
Chegar a Penha Garcia também é relativamente fácil, temos que apanhar a estrada nacional 239 em direcção às termas de Monfortinho e à fronteira com Espanha. Depois de passar pela saída de Monsanto vamos ter uma saída à esquerda para Penha Garcia.
A maior questão aqui é que Penha Garcia fica longe de tudo. Castelo Branco, a capital de distrito e maior cidade da região fica a cerca de uma hora de distancia, enquanto que Lisboa e Porto ficam a cerca de 3 horas.

Rota dos fósseis, alojamento
Em Penha Garcia existem alguns alojamentos locais de qualidade como a Casa Vinte & Cinco, um studio óptimo para casais, mas não existem hotéis. Veja aqui mais informação sobre este alojamento.
Se procura um hotel o ideal será ficar nas Termas de Monfortinho ou em Monsanto. Em Monsanto temos o Monsanto GeoHotel Escola, que oferece quartos de qualidade a preços bem acessíveis, e com a vantagem de ficar nesta espectacular aldeia histórica. Veja aqui mais informações.
Em Termas de Monfortinho sugerimos o Hotel Boavista, que é um hotel com excelente relação qualidade preço. Os quartos e o decor são excelentes, e a piscina exterior é óptima para relaxar depois de uma boa caminhada. Veja fotos e comentário aqui.

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